Abiogênese e Biogênese (com resumo)
Introdução
A origem da vida, tema muito discutido desde há muito tempo. Antes de Aristóteles, as pessoas só pensavam que o mundo havia sido criado por deuses, por intervenções divinas, etc. Porém, cientistas começaram a estudar sobre a origem da vida, então daí começaram a surgir vários conceitos. A ideia de Aristóteles durou dois mil anos até ser descartada por Louis Pasteur em 1864, que afirmou que a matéria viva sempre surge de outra matéria viva semelhante, e não de matéria inorgânica.
Em meados do século XVII, com um microscópio rudimentar, o holandês Antoine Van Leeuwenhoek descobriu seres microscópicos, tais como protozoários, algas, fungos e bactérias.
Então o mundo científico, para explicar a origem desses microorganismos, se dividiu em duas escolas, a que defendia a biogênese e a que defendia a abiogênese.
Outros cientistas, inclusive Leeuwenhoek acreditavam que as "sementes" ou "germes" dos micróbios estavam no ar e que, caindo em ambientes propícios cresciam e se reproduziam.
Em 1864 o químico e biologista francês Louis Pasteur (1822-1895) realiza uma série de experiências com os frascos com "pescoço de cisne" e demonstra que não existe no ar ou nos alimentos qualquer "princípio ativo" capaz de gerar vida espontaneamente. Abre caminho para a biogênese, segundo a qual a vida se origina de outro ser vivo preexistente.
Abiogênese
Também conhecida como geração espontânea. O prefixo “bio” significa vida, “gênese” significa origem, e “a” nega todo o restante da palavra. Essa teoria sugere que a vida não surgiu a partir da vida, sugere que surgir a partir da matéria inanimada.
Tudo começou quando Aristóteles, que a partir de observações, disse que a vida surgiu da matéria inorgânica, desde que esteja em uma condição de meio favorável. Sapos e mosquitos brotariam nos pântanos, por exemplo. De matérias em putrefação, apareceriam larvas.
Apesar de Aristóteles ter sido o “divulgador” dessa ideia, essa teoria é defendida por diversos povos desde tempos remotos, como povos antigos da China, da Índia e do Egito.
Até fins da idade média, filósofos e cientistas ilustres como Willian Harvey (célebre por seus trabalhos sobre circulação sanguínea) René Descartes e Isaac Newton, aceitavam a geração espontânea. Jean Baptitste van Helmot, célebre médico de Bruxelas, autor de brilhantes trabalhos sobre fisiologia vegetal, foi um grande adepto da teoria da geração espontânea. Helmot chegou a elaborar uma "receita" para produzir ratos por geração espontânea. Dizia ele: "coloca-se, num canto sossegado e pouco iluminado, camisas sujas. Sobre elas espalham-se grãos de trigo e o resultado será que, em 21 dias, surgirão ratos". A ideia de que os ratos vinham de fora não era considerada.
Foi sugerida por diversos cientistas, como Xenófanes, Demócrito, Anaximandro, entre outros. Eles acreditavam que existia um “princípio ativo” em algumas matérias inanimadas, formando assim, vida. Porém, essa teoria não foi comprovada a partir de experimentos.
Biogênese
Essa teoria sugere que a vida surgiu a partir da matéria viva. Por exemplo, o surgimento de larvas na comida ocorre por causa dos ovos que as moscas lá depositaram. Francesco Redi foi um dos pioneiros nesse tipo de experimento (observação, hipótese e comprovação através de experimentos).
Experimentos que provam a biogênese:
Redi - Em 1968, colocou alguns vermes em um recipiente fechado e observou que eles se transformaram em casulos ovoides, e de cada um desses casulos saiu uma mosca. Demonstrando com isso que as larvas presentes na carne em putrefação se desenvolvem a partir de ovos de moscas e não pela transformação da carne.
Spallanzani - pegou um caldo e aqueceu-o até um determinado tempo que matou os vermes, depois o fechou com uma rolha e verificou-se que passados alguns dias continuaram livres dos vermes.
Fim da Abiogênese
Em 1688, o médico e biologista italiano Francesco Redi (1626-1691) pôs abaixo a teoria da abiogênese fazendo uma experiência simples e bem controlada. Redi colocou verme sem um recipiente fechado. Após alguns dias, eles estavam imóveis e assumiram formas ovais, escuras e duras.
Após mais alguns dias, as cascas duras se quebraram, e de cada uma saiu uma mosca, como aquelas que voam sobre a carne em açougues. Redi concluiu, então, que os vermes fazem parte do ciclo de vida de certas espécies de mosca. Então as larvas deveriam colocar seus ovos na carne para ela servir de alimento.
Para ostentar esta hipótese, Redi realizou outro experimento: colocou pedaços de carne em alguns frascos de boca larga, tapou metade dos frascos com uma tela, enquanto a outra metade ficava aberta. Nos frascos abertos, onde as moscas entravam e saiam ativamente, surgiu uma grande quantidade de larvas. Nos frascos fechados, onde as moscas não conseguiam entrar, não apareceu nenhuma larva, apesar de muitos dias terem se passado desde que a carne fora lá colocada.
Com essas simples experiências, Redi provou que as larvas de carne podre desenvolvem-se dos ovos das moscas, não da carne. Esses resultados reforçaram a teoria da abiogênese.
Quimiossíntese
É a hipótese de que as primeiras formas de vida na Terra estão condicionadas à existência prévia de compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucleicos). A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica. Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos. Segundo ele depois do resfriamento da superfície permitiram que a água se acumulasse nas depressões da crosta, as chuvas constantes devem ter arrastado as moléculas originadas na atmosfera para os lagos e mares em formação. O acúmulo dessa substância por centenas de milhares de anos teria transformado os lagos primitivos em verdadeiros 'caldos' de substância precursoras da vida.
Teoria dos Coacervados
Anos depois, Oparin diz que as moléculas proteicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Resumo
- Introdução: Antigamente, se acreditava que a vida havia surgido apenas por intervenção divina. Mas Aristóteles disse que a vida veio de matéria inanimada, essa Idea foi derrubada por Pasteur em seu experimento, dois mil anos depois de Aristóteles.
- Abiogênese: Também conhecida como Geração Espontânea, essa teoria diz que a vida surgiu de matéria inanimada. Apesar de Aristóteles ter “divulgado” essa teoria, tem tempos remotos, antigos povos da China, Índia e Egito já acreditavam nessa teoria. A abiogênese não se baseia em experimentos.
- Biogênese: Teoria que diz que a vida surgiu da vida, e não da matéria inanimada. Os experimentos mais importantes para defensão da biogênese são o de Redi e de Spallanzani.
- Fim da Abiogênese: Francesco Redi, fazendo simples experiências, provou que a teoria da abiogênese só pode estar errada, pois nasceram larvas apenas onde as moscas conseguiam colocar seus ovos (frascos abertos), e nos frascos fechados, não nasceram larvas.
- Quimiossíntese: É a hipótese de que as primeiras formas de vida na Terra estão condicionadas à existência prévia de compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucleicos). Foi provada em 1936 por Alexandre Oparin.
-Teoria dos Coacervados: Anos depois, Oparin diz que as moléculas proteicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Bibliografia
geocities.yahoo.com.br
yahoo.com.br
Mente Biológica